Da consciência de algo a mais
Nada poderia ser mais impactante quanto a terceira aula de Visão Antropológica e de Mundo, da Formação da Casa do Sentido, ministrada por Sam Cyrous. Fantástico ter a oportunidade de nomear aquilo que já vem acontecendo comigo há algum tempo e que agora posso aplicar em minha prática clínica.
Nesta aula resgatamos os conceitos de Liberdade da Vontade, Vontade de Sentido e Sentido da Vida, bem como a função da consciência, do dever perante mim mesma. E, antes tudo isto, ter a oportunidade de reafirmar minha obra de poder ajudar o ser humano.
Não tenho super poderes, e não possuo a capacidade de fazer nada por ninguém, mas carrego comigo uma pequena lanterna, uma lanterninha que faz toda a diferença no ambiente diversas vezes vivenciado por meus pacientes. Hoje percebo o quanto, todos os dias lancei mão desta lanterninha para proporcionar claridade àqueles que estavam ao meu redor. Certamente, “no mundo em que vivia” fui muito incompreendida.
Somos seres compostos de 3 dimensões (biológica-psíquica-noética) vivendo numa dimensão social, e durante muito tempo, confesso que segui os padrões daquilo que a sociedade impunha. Levei uma posição corporativa me opondo às minhas vontades, aos meus valores. Naquele determinado momento, fazia sentido para mim, mas não preenchia por completo. Sim, eu não me arrependo do que fiz, de como fiz, por onde andei, dos legados que deixei. Porque tudo o que trilhei fez sentido para mim naquele momento. Talvez este seja um dos grandes aprendizados sobre mim mesma. Entender que as decisões que tomei na vida foram apenas decisões, não que tenham sido certas ou erradas, foram decisões porque fizeram sentido naquele momento.
E agora posso, através da experiência compartilhar minhas vivências com os demais.
Sam é um grande contador de histórias, e nos brindou com algumas durante a segunda parte da aula. Uma frase que me marcou e quero transcrevê-la aqui foi:
“serenidade e energia tornam as coisas mais dinâmicas”
Ou seja, a roda gira com minha energia e controle. E foi exatamente o que fiz ao longo de 20 anos. Manter a serenidade, dispender energia. — Minha roda girou. Minha roda foi além dos caminhos que eu poderia imaginar.
E cá estou. Consciente das minhas escolhas, da minha liberdade, e da minha responsabilidade. Certa de que os projetos executados até então foram essenciais para cumprir minha missão no mundo. E, certa também de que a missão continua em meio a novas possibilidades.