Das metáforas da vida

Debora Torres (Career and Care)
2 min readMar 17, 2021

Em meio a nossa atualidade de extremos e tão pouco diálogo, pensar em como correntes filosóficas e psicológicas possam “dialogar” entre si passa a ser um desafio. Mas não o foi para nosso querido colega ao discorrer tão bem na matéria de Diálogo entre Correntes Psicológicas e Logoterapia para o curso de Formação Clínica em LAE pela Casa do Sentido.

Quando me formei, quase 20 anos atrás segui fluídos ‘behavioristas’. Era inexperiente e bastante racional, chegando até a ser cética demais. Numa mescla de teóricos como Watson e Skinner, sendo já muito observadora por natureza. Apenas pensava em aprendizagem, reforçamento, condicionamento etc. Tal inspiração fazia sentido para mim, naquele momento, principalmente porque por atuar no universo corporativo de recursos humanos.

Com o passar dos anos ainda atuando em recursos humanos, passei a perceber, entender e respeitar o “ser humano” por trás daquele determinado comportamento. Foi então que a partir de 2017 passei a buscar um “novo encontro” de uma abordagem teórica que fizesse sentido para mim. Brisas de filosofia, antropologia e psicologia chegaram até mim. O cheiro suave da fenomenologia veio brindar-me e me direcionou para a Gestalt por um período, até que um aroma inconfundível dominou o meu ser. Era a marcante essência da Logoterapia. E como me dominou!!!

Um pouco de história e romantismo não faz mal a ninguém!!

Mas voltemos aos estudos…

Fábio pode nos contemplar com um conhecimento impressionante. Pude notar que ele circulou muito bem pelas várias correntes trazendo as correlações entre elas. Falou sobre as vertentes tanto teóricas quanto prático-técnicas.

Colhemos algumas pérolas que chegaram das provocações de nosso facilitador Fábio: que o diálogo pressupõe fronteiras já que o contato acontece nas fronteiras; que diálogo com as diferenças ajudam a crescer; que a vida é um constante dialogar e que “diálogo sela o relacionamento entre sujeitos cognitivos” (esta por Paulo Freire).

Percebo quão é bom dialogar. Quão é bom abrir espaço para ouvir as diferenças e não apenas tomar um único caminho como possibilidade. Entretanto sem perder o equilíbrio entre liberdade e responsabilidade presentes na Logoterapia de Viktor Frankl. Posso conhecer, entender e me aperfeiçoar nas correntes que fazem sentido para mim, e esta liberdade faz de mim responsável para lidar com este conhecimento e com meus pacientes, consciente da minha missão na clínica psicoterapêutica.

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Debora Torres (Career and Care)

Psicoterapeuta, Logoterapeuta, Apaixonada por indivíduos, Humana, Sorridente, Tornando cada dia melhor