Porta que se fecha. Portas que se abrem.

Debora Torres (Career and Care)
2 min readAug 29, 2021

A porta se fechou e não houve tempo para despedidas.

Difícil entender por que a mim não foi dada a possibilidade de um último adeus.

Um último beijo sequer e um último abraço.

Perdas… Memórias… Distância…

Por que é necessário estar distante?

Por que é necessário o afastamento?

Dói estar longe, e por mais que seja difícil encarar, eu sei que vou superar.

Dói uma dor que não é explicável. Dói, e simplesmente dói!

Será que um dia esta dor vai embora? Me pergunto tantas vezes.

Uma voz traz sim à tona a necessidade de realizar sentido.

De viver, com sentido.

Talvez parar de perguntar “por que” e apenas continuar.

A cada vez que eu respiro um novo ar entra em meus pulmões e renova o ar que circula em meu organismo. Nunca é o mesmo.

Me faz refletir que perdas são inevitáveis, despedidas são necessárias. Que sempre haverá dor. E que a tristeza pode circular, mas nunca perdurar para sempre.

Encontro consolo. Percebo que existem coisas na vida que nunca vamos domar. O tempo, a finitude; o destino.

Mas há algo que eu posso sim dominar: como reagirei. Não posso apagar lembranças, e quando elas vierem, chorarei. Não posso cancelar emoções, quando elas vierem terei de enfrentar. Posso enfim encontrar renovo. Abrir uma nova porta. Fazer algo novo. Encontrar novas pessoas. Mergulhar em novas águas.

A porta que fecha leva as possibilidades que se encerraram naquele momento. E há agora novas possibilidades, hei de seguir adiante.

Apesar de tudo, apenas continuar. Há um futuro imenso e muitas possibilidades de realizar.

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Debora Torres (Career and Care)

Psicoterapeuta, Logoterapeuta, Apaixonada por indivíduos, Humana, Sorridente, Tornando cada dia melhor